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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
QUEM DERA
E que por isso foi criado a imagem e semelhança de Deus.
Que percebesse que essa afirmação não é um mero jogo de palavras
Mas que denota muita responsabilidade.
Quem dera que o ser humano percebesse
Que não viemos ao mundo para contemplar a fome
Fome de alimento, fome de instrução, fome de afeto
Mas que viemos ao mundo para contemplar as maravilhas divinas.
Quem dera que ao andarmos pelas ruas
Encontrássemos pessoas felizes e satisfeitas com a vida
Crianças que realmente vivessem suas infâncias
Cidadãos de verdade.
Quem dera que o ser humano entendesse
Que antes de ser humano
Ele um dia já foi Divino.
Profª Joilda
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
ATÉ QUANDO...
Nos escondendo atrás de máscaras
E nos eximindo das nossas responsabilidades
Diante das situações impostas pela vida.
Até quando vamos continuar anestesiados
Diante de alguém que apenas precisa do nosso olhar,
Do nosso abraço, do nosso afeto ou da nossa palavra
Palavra essa que pode ser um incentivo para continuar vivendo.
Até quando continuaremos agindo com a arrogância
De alguém que acha que pode fazer o que quiser com o planeta em que vive
E nada vai acontecer porque o ser humano está acima de tudo
E o planeta tem que se render a ele.
Até quando vamos continuar refletindo, refletindo, refletindo
Sobre assuntos como: miséria, meio ambiente, solidariedade,fome
E não partimos para a ação de fato
Ação que mostre uma real preocupação com esses assuntos.
Até quando...Até quando?...
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
EXPERIMENTE O SABOR DO SABER
Uma das coisas que mais afetam a relação ensino/aprendizagem é o procedimento didático/pedagógico estéril, que gera desprazer para ambas as partes. É impossível conceber a educação sem suas cores, e sabores, pois o texto só tem sentido embebido de um contexto.A professora Adélia Prado nos convida a reflexão com sua frase: "Não quero faca nem queijo; quero é fome". De nada valem laboratórios mega equipados, bibliotecas repletas de palavras mortas, se não existe um professor que aguce a fome de saber em seus alunos, e transforme as palavras em caminhos para se encontrar as facas e os queijos.É necessário muito desejo para fazer arder a chama do conhecimento, como no amor é impossível se doar para algo que não nos cativa, não nos seduz. Muitas vezes o estudante é forçado a memorizar um volume imenso de informações sem qualquer conexão com sua vida, num verdadeiro engolir sem saborear.Podemos entender a aula como um beijo na boca, ninguém dá beijo na boca de ninguém, porque ambos se beijam, e ao beijar-se se invadem, se conhecem, e criam de maneira conjunta novas (e eternas) situações de auto e hetero conhecimento.
Na aula, tal qual o beijo não existe a posse, existe a troca, ambos buscam construir novas possibilidades e novos caminhos por estarem excitados pela vontade de descobrir. Uma boa aula só existe se o professor é um bom sedutor, e se este possui um amplo cardápio de estratégias de sedução.Será que o podemos aprender a ser sedutores? Eu digo que sim, pois a sedução nasce do desejo e do amor, se o professor compreende e ama seu fazer, a sedução surge do desejo de conquistar os educandos para a construção de momentos prazerosos na relação ensino/aprendizagem.É bom lembrar que a palavra “saber” veio do latim "sappere", que dentre seus significados também podia ser entendida como "ter sabor de", também é valido ressaltar que etimologicamente, a palavra sabor “sapor” está ligada a sábio “sapiens”. Como podemos notar a relação entre sabores e saberes é extremamente intima.Nós, professores não podemos negar aos estudantes os sabores de nossos saberes, e a degustação do conhecimento historicamente construído (ou em construção) se dá muitas vezes no contato com a realidade. Em uma aula de campo temos uma espécie de “restaurante de informações a rodízio”, onde educadores e educandos se deliciam na partilha destes “alimentos culturais”.
Na verdade, nossas salas-de-aula às vezes tentam homogeneizar os sabores de nossos conteúdos, os livros-didáticos surgem como “bandeijões” de informação, e desta maneira o prazer do paladar é substituído por uma anorexia didático-pedagógica. Resgatar o prazer de aprender no educando, passa necessariamente por compreender o ensinar, neste sentido precisamos nos tornar cozinheiros hábeis detentores de um variado cardápio, e para isso necessitamos de estudar, estudar as diferentes maneiras de preparar e compartilhar o alimento que servimos.Também necessitamos nos colocar nos textos e contextos de nossos conteúdos, é muito freqüente o professor falar de excedente populacional, porém sempre o excedente é o outro, nunca nos colocamos nesta condição. Viver o conteúdo, viver no conteúdo é condição básica para transformar a aula numa ceia.Caro amigo professor, faça de sua disciplina um restaurante, e de tua aula o melhor alimento, pois a fome de saber está no ar, muitas vezes os estudantes buscam soluções rápidas em fast-foods, mas na verdade esperam sempre a velha e boa comida caseira, repleta de temperos e amores.
Fabio Flores é palestrante e professor universitário.interatividade@hotmail.com